10 abril 2009

Estado de Alma

A explicação para a razão de gostar de estar num estado de letargia,o chamado "stone", varia de pessoa para pessoa e é muito difícil de encontrar. De encontrar e de atingir sem recorrer ao uso de substâncias psicotrópicas. A partir de uma dada época, essa necessidade deixou de existir para mim e passou a bastar-me o estado normal. Mas nas minhas visitas a terras de Allah, voltei a encontrar a mesma letargia e estado de alma que obtinha nesses tempos. Sentado à mesa às 3 da manhã em pleno Ramadão, a fumar um cachimbo de água e a beber chá de menta, enquanto assistia a uma dança do ventre ao som de tambores, flautas, violinos e cítaras, a ouvir lá ao longe o som que vinha das mesquitas....Al'akbar.....via a imagem das nossas noites à sombra da prata dos cachimbos e com a mente a flutuar nas músicas que cruzavam o ar que respirávamos...e senti muitas vezes o êxtase que antes encontrávamos... cheguei à conclusão de que apenas fabricávamos um estado de alma que existe nas noites do deserto e nas ruas das medinas... nos coiotes que deambulam pelo deserto e nos camelos que caminham em círculos...nos olhos negros e nas palavras Insha'Allah....

3 comentários:

  1. Estado de Alma ou o Caldeirão do Óbelix

    Acho que toda a gente gosta,nem que seja ao de leve,de passar pelo estado letárgico ,pelo menos uma vez na vida etc,etc e tal como agora existe a corrente dos colunáveis assumirem que experimentaram o que quer que fosse,quer sejam jovens,menos jovens ou cotas.Quando alguem se propõe a tal,a explicação pouco importa desde que se atinja o nirvana e não se dê muito estrondo para aqueles que são mais recatados; existem outros que mesmo só com a tabaqueira ou simplesmente contagiados pelo ambiente a funcionar, atingem estádios de puro dilirio, chegando ao ponto de se tornarem imperceptiveis,de se babarem.
    São mais susceptiveis concerteza.
    Com o tempo e a vivência, vamos acumulando ao longo do tempo reservas (como os ursos antes do inverno) que nos bastam para conscientemente pensarmos ou assumirmos que estamos no nosso estado normal,quando afinal, inconscientemente, a cena está a circular de uma forma discreta mas mais ou menos eficaz, é como a posologia depende do organismo, aparecendo volta e meia a necessidade de repor os valores de origem, quer visitando terras de Alá, tendo jantares ao pé do rio ou simplesmente desfolhando o album de memórias conjunto.

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  2. Ei pá, ganda toxta. Subscrevo e faço uma gravata. Abraços, men. Circula aí.

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  3. Ei Dr.Facas. E o Manel o filho do Marinho. Ja foxte ao meu blogue?? e assim: fotomawuko.blogspot.com

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