Texto (verídico) retirado de uma prova livre de Língua Portuguesa, realizada por um aluno do 9º ano numa Escola Secundária das Caldas da Rainha (para ler, estarrecer,reflectir e aprender qlaro istà!!!)
REDAXÃO 'O PIPOL E A ESCOLA'
Eu axo q os alunos n devem d xumbar qd n vam á escola. Pq o aluno tb tem Direitos e se n vai á escola latrá os seus motivos pq isto tb é perciso ver q á razões qd um aluno não vai á escola. Primeiros a peçoa n se sente motivada Pq axa q a escola e a iducação estam uma beca sobre alurizadas.
Valáver, o q é q intereça a um bacano se o quelima de trásosmontes é munto Montanhoso? Ou se a ecuação é exdruxula ou alcalina? Ou cuantas estrofes tem Um cuadrado? Ou se um angulo é paleolitico ou espongiforme? Hã? E ópois os setores ainda xutam preguntas parvas tipo cuantos cantos tem 'os Lesiades''s, q é um livro xato e q n foi escrevido c/ palavras normais mas q no Aspequeto é como outro qq e só pode ter 4 cantos comós outros, daaaah.
Ás veses o pipol ainda tenta tar cos abanos em on, mas os bitaites dos profes até dam gomitos e a Malta re-sentesse, outro dia um arrotou q os jovens n tem Abitos de leitura e q a Malta n sabemos ler nem escrever e a sorte do gimbras Foi q ele h-xoce bué da rapido e só o 'garra de lin-chao' é q conceguiu Assertar lhe com um sapato. Atão agora aviamos de ler tudo qt é livro desde o Camóes até á idade média e por aí fora, qués ver??? O pipol tem é q aprender cenas q intressam como na minha escola q á um curço De otelaria e a Malta aprendemos a faser lã pereias e ovos mois e piças de Xicolate q são assim tipo as pecialidades da rejião e ópois pudemos ganhar um Gravetame do camandro. Ah poizé. Tarei a inzajerar?
30 abril 2009
21 abril 2009
África Minha
A minha primeira viagem de "buzinesse" extra fronteiras ocorreu em 98 e aí apercebi-me pela primeira vez (seriam muitas), do quanto foi importante a minha (nossa) passagem pelas catacumbas da vida. O mestrado na escola da rua punha-me na posição de observador em vez de alvo. O chamado desvia-te, ou escolhe outro! O nosso 1º contacto seria em Dakar, um tal de Camarat, que nunca tínhamos visto nem mais gordo nem mais bronzeado. Air Afrique, aeroporto 1 da manhã, lá estava o dito, de papel de cartão na mão. Viagem para o hotel e tal, mas antes um flash de ácido: um polícia de mota no meio de um cruzamento controla o trânsito. Não fossem os óculos escuros, seria um canga de qualquer metrópole europeia... Malas no hotel, vamos ao cônsul obter um visto para seguir para a Guiné Conakri. Nome do cônsul: Camarat. Boa, assim já não nos enganamos no nome, deve ser de família... Esperamos em banquinhos de madeira, rádio a bombar, estrelas no céu e calor qb. Ao lado as 6 mulheres do cônsul lavam a louça do jantar. Num buraco no chão claro, com água claro (não disse clara...). Back to the hotel, dormir com a carteira debaixo da cabeça que a janela não fechava. Manhã radiosa, Air Afrique, escala na Gâmbia para arranjar um motor manhoso. Na boa, 2 ou 3 horas, mas almoçámos um belo copo de água. Come-se bem na Gâmbia. Motor enxertado, porta fechada para manter o cheirinho e cá vamos nós...Chegada a Conakri, uma bela pista ladeada de floresta, debaixo dos coqueiros alguns mig 21, já com raízes a saírem do trem. Calor. Onde está o gajo? Deve ser aquele (era o único com ar de esperar europeus amestrados), é mesmo pah! Nome? Camarat. Fonix men, dizia eu, já viste que se somos roubados ó carago, vamos à esquadra dizer que foi um tal Camarat e na volta este pessoal daqui é todo Camarat? Pergunta o gajo: trouxeram aspirinas? e sapatos? Sonhei mostrar-lhe o dedo médio esticado, mas pensei melhor quando ele saiu com as nossas malas e os passaportes. Ficava a dúvida de como explicaríamos ao chefe da esquadra quem era este Camarat se ele nos fanasse os passaportes. Mas não. Gajo impec, ofereceu-se logo para lhe pagarmos uns frangos de churrasco e umas bjecas. Só não estávamos muito avontade na tasca lá do sítio, porque estávamos de ganga e camisinha e o gajo de fato branco e sapato à Louis Armstrong. Fonix, e se tava calor... vai lá vai que até a Barrack Obhama! Só saímos depois da cerveja fresca acabar e lá fomos no seu mercedes com 300 mil kms que não parava de gabar...bonne voiture non? E nós dizíamos, boa? espectacular men, ganda carrão, é feito cá? Não, é de importação, vem da Europa...ahhhhhhh.... fonix só podia... Carro importado, que não é qualquer carro que serve ao Camarat... depois conto mais prometo...
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20 abril 2009
O Céu Infernal na Terra
A notícia de que havia uma casa à nossa disposição durante uma semana ou duas, e que o nosso amigo das esferas tinha a porta aberta para alguns, correu depressa. Tão mas os cotas? Onde estão os cotas?! Do outro lado do Atlântico!!! Desgraça... A porta transformou-se num portal e os alguns transformaram-se em todos... Um covil só para nós, onde podíamos ter o antes, o durante e o depois, na maior das calmas, com a nívea do lado de fora e os índigenas locais a interrogarem-se onde andariam aqueles de quem se falava. Mas uma das maiores características que possuíamos, era a capacidade inata de transformar pequenos eventos em festas de dimensão apocalíptica. Ainda mais num local com uma garrafeira maior que a casa da maior parte de cada um de nós, com arcas frigoríficas recheadas onde dava para estacionar um mini e tantos quartos que nem conseguíamos perceber quantos. Os avisos de "n'a pas de babouge" e "olhó processo", só davam para rir e fazer descidas de tobogan do 1º andar para o rés do chão. Ainda me lembro de todos a delirar com a mota a arrancar relva dos canteiros, dos petiscos até chegar ao fundo das arcas, da cada vez maior dificuldade em atingir as garrafas das prateleiras mais altas, dos voos razantes às alcativas, a saltar para cima de corpos nus em voo picado e das delirantes loucuras na cama nobre da casa, com remates finais de odores duvidosos. A viagem do Charles Duchassois, para além de mais cansativa, ficou a milhas do cardápio monumental que consumimos, item a item, dia após dia, naquela casa. Alguns de nós só foram a casa para tomar banho e mudar de roupa, porque o espectáculo não podia parar. Conseguimos recriar uma Las Vegas com cheiro a Kathmandu e sabor a Tailândia, mesmo no centro de uma cidade de preconceitos e tabus do tempo da inquisição e ainda gozávamos com aquela merda! Melhor que aqueles dias, só mesmo se o Paraíso fôr um enorme bordel de freiras, em saltos altos e cintos de ligas, a oferecerem-nos charruas sobre lombos de lagosta suada, com James Martin a acompanhar... Mas como não sabemos se é mesmo assim, já provámos do céu e do inferno, mesmo a abusar... e como ainda não havia a tecnologia de hoje em dia, o S. Pedro não deve ter gravações e vai morrer tudo no diz que disse... Eu por mim, já nem me lembro...
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19 abril 2009
Ir a Ceuta não, podemos ser banhados...
Moços novos, já convencidos das nossas capacidades de pequenos mafiosos, entrámos no mercado de Algeciras, calças de ganga e óculos escuros, como dizia o outro, gingando na rua ao som de lou reed...Mas era muita areia para o nosso carrinho de plástico de brincar na areia,... para nós olhar para aquelas caras mistas de espanhóis e marroquinos, era a mesma coisa que quando olhávamos para os hieroglifos que o zé das bananas escrevia no quadro negro...Mas para os pintas que ali circulavam, erámos mais um peixe com vontade de morder o anzol. Via-se bem na nossa cara, que não andávamos à procura de souvenirs ou pacotes de pipocas e houve logo um bacano que nos topou... Chocolat? chocolat? E nós, qual chocolate qual carago, queres ver que este mano é que é o dealer daqui da banda...Vamos todos, não vais tu, vais tu o carago, acabou por ir o M... Nós preferimos pensar que erámos a cobertura, os maganos que interviriam se fosse necessário. Os guarda costas, os seguranças, pequenos mafiosos da rua da janja...O M lá foi e nós a controlar a uma distância segura... O dealer tinha uma alta mota, p'ra aí de 50 cc, tipo zundapp e quando subtilmente desaperta a tampa lateral, saca de um ovo castanho...um ovo...coisa nunca vista mas com ar de ser um grande negócio, por um preço da uva mijona...fdx ganda ovo! Compra, compra! E pimba, vem ovo, voa nota! Puta negócio, um ovo de colombo! E ao preço de uma amêndoa! Ganda negócio... Óbvio que não podíamos deixar o ovo assim fechado, tinhamos de ver se tava galado! Difícil! Muita fita cola! Muita, muita! Mas com custo lá foi, um buraquinho e sai um pozinho lindo, que parecia aquela cena que a nossa mãe às vezes usava para cozinhar... Mas não era! Nem podia ser, em Algeciras não! Só podia ser algo nunca visto... Zás, papel de arroz e saliva qb, fogo à peça e.............bate? não bate? parece que bate...hmmmm talvez um bocadinho... vá, bate um bocadinho... mal se nota.... Outra! Faz outra! E outra! Mais outra! Fdx puta dor de cabeça! Porra, ninguém nos tinha falado naquilo....Kiff... Kiff? Kiffffff??? Ké essa cena?! Trabalheira do carago, agora tínhamos que arranjar maneira de encontrar uns otários e contar-lhe uma história valente... O kiff de mão em mão... Só assim podíamos passar a banhada e voltarmos a sentir-nos os donos da rua... Kiffff...... bahhhhhhhhh!!! De volta ao nosso burgo, lá voltámos às nossas tarefas domésticas, mas agora sem necessidade do 1, 2, 3!!! Celofane, um paninho, um ferro de passar jeitoso e agora eramos nós que diziamos... chocolat! chocolat!
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17 abril 2009
Na Selva
A propósito de politiquices e da cambada de incompetentes que gere o burgo....
Um coelhinho felpudo estava fazendo as suas necessidades matinais, quando olha para o lado e vê um enorme urso fazendo o mesmo. O urso vira-se para ele e diz: - Ó bacano, soltas pêlos? O coelhinho, vaidoso e indignado, respondeu: Népia djô, venho de uma linhagem muito boa... Então o urso agarrou o coelhinho e limpou o cu com ele... MORAL DA HISTÓRIA: CUIDADO COM AS RESPOSTAS PRECIPITADAS, PENSA BEM NAS POSSÍVEIS CONSEQUÊNCIAS ANTES DE RESPONDER!
No dia seguinte, o leão, ao passar pelo urso diz: Ó gayzolas! Com toda essa pinta de bravo, forte e machão, vi-te ontem a dar a peida pra um coelhinho felpudo todo mariconço! Já contei a toda a gente, ó tótó!!! MORAL DA MORAL: PODES ATÉ LIXAR ALGUÉM, MAS LEMBRA-TE QUE EXISTE SEMPRE ALGUÉM MAIS FILHO DA PUTA QUE TU!
MORAL PRÁTICA: O problema de Portugal é que quem elege os governantes não é o pessoal que lê o jornal... é o pessoal que limpa o cu ao jornal!
16 abril 2009
Sons perdidos
No início das bandas de que o M fala, quando ainda não havia o equipamento todo que o homem das locomotivas acabou por comprar, íamos lá p'ras bandas da Serra, mais precisamente para a banda do miranda do cabolitê... (rss rss) Era a casa do inglês, que era mesmo inglês, ele e a família toda, tudo GB. Vivia com o irmão e a mãe BBC. Máquina de escrever a bulir, nós arranhávamos grandes malhas numa cave/loja com cheiro a palha, onde apagávamos as pontas no chão sujo e sentíamos a inspiração daquele oásis multilingue com cheiro a vacas... Grandes almoços de batatas assadas no forno, abertas ao meio e cheias de manteiga a escorrer...o acompanhamento era uma bjeca e o famoso papel de arroz bem apertadinho, com saliva à mistura. O nosso transporte era o que calhava e uma vez até calhou voltar a pé, num quente fim de tarde de verão. Para nos seguir era fácil, porque deixávamos um rasto com cheiro às terras dos manos dos lençois. Eram tempos em que mal se ouvia falar de xutos mas nós não ousámos arriscar ser uns coices & joelhadas ou quiçá uns cabeçadas & marradas... Se calhar devíamos ter arriscado, até porque chegámos a tocar com um gajo que acabou por formar a banda das gaitas de foles dos templários. Mas não era o nosso estilo! Nunca demos para o lado da música a metro e muito menos para ser bichonas... Entre OMOMOV, strange, bandas azuis e outras coisas coloridas imprimidas em papel, acabei a tocar na banda dos trevos com o Zi, o turvo e o nogat. No som tínhamos o o zé dos bois, que nem sempre distinguia os botões da mesa de mistura dos parafusos brilhantes... Depois veio a vida e acabou-se a música nos palcos... Tinha chegado a hora de começar a dar música aos dançarinos da vida...
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Toma lá nada para não dizeres que te enganei..
O C das cabras um dia disse-me...
- "Queres vir amanhã comigo a casa da minhá avó, para eu ir buscar cumbu?" Ok na boa, disse eu.
- Na manhã seguinte lá estávamos na estação para apanhar o comboio para a terra dos vinhos.
- Diz o C... "Pah temos que speedar, senão isto não tá com nada...toma aí vinte dinenteis p'ra cada um..."
- Vinte???
- "Ya men, na boa...tás com medo?
- Não...ok, dá aí.
- 9 da manhã, garrafa de água e 20 redondinhos na barriguinha! Pequeno almoço tomado. Apita o comboio...tclec tchlec e a mona a 300 à hora...
- Chegamos à santa terra da santa avó, porta da casa e eu perguntei-lhe..
- Mas costumas vir buscar cumbu à cota? Ganda pinta men..
- Diz o C...
- "Não djô! A gente entra, tu vais falando ca cota, que eu descorto-me e faço-lhe a carteira, tás a ver?"
- Ahhhhhh....disse eu...
- "Não desatines quinda a semana passada cá vim cupicas men! É na boa e depois bazamos e passamos no entroncas...tás a domar a cena?"
- Tão na tou...disse eu...
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13 abril 2009
Memorias da treta
Esta cena dos blogs é potente sem dúvida.... Apesar de estarmos sujeitos às espreitadelas de quem só dá quecas atrás das cortinas, o que é facto é que desde que nós inventámos o àvontadinha, não havia sítio tão bom para descarregar o que nos vai nas monas, sem regras nem tabus. Às vezes dizem-me que não, que o que nós curtíamos também os putos de hoje curtem, ou mais ainda. Pois 'tá bem, já conheço a treta do bla bla epah já 'tás é cota e na sei kê! Mas é que a questão não é essa, a questão é que nós fazíamos e ninguém controlava! Era sempre a abrir! E mais! Até nos dávamos ao luxo de mandar grandes bocarras mesmo nas barbas de cotas, de profs ou de gajos da nivea, porque eles não viam um boi... tipo...."já viste os apitos do gajo?" ou "pede aí um limão ao ti diogo" ou "tens filtros?" ou "vai de butes e descorta a cena madiê tás a ver?"... e ninguém via nadinha... Agora o ppl curte sem dúvida mas é só regras e 'tão sempre a ser catados. E quem não sabe é fácil, chega a casa e vai ver à net. Ah pois a net é lixada... Isto tudo a propósito de hoje ter visto o novo blog do nosso amigo do bigode (já não tem bigode? ah pois não.... bom, tão vá...o amigo dos aviões telecomandados): potente, acutilante e sem censura... Fez-me lembrar aqueles tempos em que na saída da sala de convívio, fazíamos duas filas e entre dois estaladões nas costas dos caloiros, mandávamos uma à má fila num prof... (mandávamos porque agora é amandavamos...) e nadinha de filmes de telemóveis nem noticias na SIC... népia! Era só cortire... Até o calim calam curtia bué!!! Fdx lembrei-me agora do gajo na sei pk?! Ah e a propósito das dobragens, antes dobragens em espanhol que em português carago...até as unhas se me encarquilham quando numa dobragem em português a gaja diz que gosta de lember...dofasse... vamossimbora cu poste já tá munto grande e ainda mesvurcio à conta do purtatel e da nete...
11 abril 2009
Porreiro pah
Epahhhhhhhhh!!!! Tive a ler este post e foi logo cus cães! Tava muito anúncio de venda de cãezinhos lambe-cricas... E os meus dogs lá lamber, lambem, mas é mais morder... e cricas diz que não gostam muito... é mais carninha daquela boa e quanto mais sangue melhor... Bom... Mas são akitas e tal, uns japoneses outros americanos, mas tudo da mesma família. Os bisavós e trisávos andavam na caça de alces, porcos do mato e do urso Yezo, mas estes só caçam moscas, ratos e gatos que me entram no jardim. A lenda mais conhecida do Japão é a lenda de "Hachiko", mas depois vocês vêm no próximo filme do Ricardo Giro que tá para sair. Tinha contado umas histórias manhosas mas a sério a sério, o que eles gostam mesmo é de abrasar as galinhas da vizinhança, saltar pra cima de um gajo quando tão todos molhados e largar minas no jardim.São uns cães fixes. Não me melgam a mona, não me pedem dinheiro e quando chego a casa ficam todos contentes, mesmo que eu venha de trombas. São uns bacanos e mandam cumprimentos pó ppl todo! Béu béu disse-me o macho mais velho enquanto uma das fêmeas lhe lambia umas cenas que ele tem penduradas atrás... São uns brincalhões...
10 abril 2009
Noite Negra
Não pensava falar do rapto de s. pedro porque não queria enveredar por conversas ideológicas. Mas o M abordou o tema e lá terá que ser... Não há muito a dizer do rapto, fui levado numa carrinha enquanto me davam murros na mona e uma mulher iliterada repetia ao filho: "vês filho, isto é que é um nazi". O puto daquele tempo, deve hoje em dia pensar que todos os putos de 16 anos são nazis... Depois estive umas horas em casa de um Senhor Patrão auto-intitulado comuna, onde me foram perguntando quem eram os meus chefes enquanto me davam murros na zona dos rins. Óbvio que não havia chefes nenhuns, mas sim e apenas devaneios de adolescentes. Depois de algumas promessas de me atirarem ao mar amarrado a uma pedra, acabaram por me largar a norte do farol de madrugada e daí voltei a pé, a correr ao longo da estrada. Cenas tristes de adultos incultos armados em revolucionários de meia tijela. As tentativas de condenar quem executou rapto e sequestro de menor resultaram infrutíferas, porque os tempos eram de ideologias de esquerda. A justiça revelou-se uma justiça política e não uma justiça dos tribunais. Uma justiça de esquerda. Ainda hoje é assim... É triste falar desta merda porque aconteceu no nosso país e ao nosso grupo. Justiça pelas próprias mãos. Mãos sem princípios e a quem os fins justificam os meios. Escusado será dizer que não tendo sido feita justiça, espero que aqueles senhores tenham acabado amarrados a uma cama, consumidos por alguma doença fétida, lenta e dolorosa. No entanto a minha grande satisfação foi obtida a partir de 2002. É que nos primeiros dias de Janeiro de 2002 fiz a minha primeira viagem a países de leste, no caso a Romania, à grande cidade do Ceausescu, Bucuresti. E desde aí até à data de hoje tenho feito inúmeras viagens, às vezes mais que uma por mês, à Romania, Hungria e Bulgária. Qual o meu espanto quando afinal o império que era proclamado como imponente, justo, de solidariedade e com igualdade de oportunidades, era uma fraude! De imponente não tinha nada, estava decrépito! E de igualdade para todos, só se fosse pela miséria em cada rua, pela mafia a dominar o quotidiano ou porque eu pagava por uma refeição mais do que o empregado que me servia recebia num mês... Dos amigos que ainda hoje lá tenho, ouvi as histórias mais degradantes e senti a revolta mais profunda. Deu-me gozo sinceramente. Não o infortúnio de vida dos amigos que lá fiz. Mas deu-me gozo ver com os meus olhos, que as ideologias daqueles que aviltaram os meus direitos naquela noite em s. pedro, eram afinal uma mentira. Compreendi que era disso que eles tinham medo. Não de mim, mas de qualquer ideia que pudesse contrariar a mentira que defendiam e que podia ser descoberta. E foi felizmente. Deu-me gozo o gajo do Hotel suplicar por uma gorja. O polícia nos passaportes fazer-se ao dinheiro que levava na carteira. Os andrajosos que nos tentavam arranjar negócios de sonho. As mulheres a oferecerem-se por meia dúzia de dólares. Deu-me gozo só aceitarem dólares! Babarem-se por dólares! Deu-me gozo não tolerarem os pretos. Deu-me gozo pergutarem-me se Portugal era o mesmo que o Brasil. Deu-me gozo ver a fraude e poder tocá-la. Deu-me gozo ver que as pedras do palácio do Ceasescu não são pedras, mas uma imitação em betão armado. E afinal percebi que o que se passou em s. pedro também foi uma fraude ao estilo da mulher de César... embora não o sendo, havia que parece-lo... Calhou-me a mim levar com os cromos, mas de nada serviu para me mudar as ideias. Antes para reafirmá-las... "Quem deseja viver, prepara-se para o combate, e quem não estiver disposto a isso, neste mundo de lutas eternas, não merece a vida."
Estado de Alma
A explicação para a razão de gostar de estar num estado de letargia,o chamado "stone", varia de pessoa para pessoa e é muito difícil de encontrar. De encontrar e de atingir sem recorrer ao uso de substâncias psicotrópicas. A partir de uma dada época, essa necessidade deixou de existir para mim e passou a bastar-me o estado normal. Mas nas minhas visitas a terras de Allah, voltei a encontrar a mesma letargia e estado de alma que obtinha nesses tempos. Sentado à mesa às 3 da manhã em pleno Ramadão, a fumar um cachimbo de água e a beber chá de menta, enquanto assistia a uma dança do ventre ao som de tambores, flautas, violinos e cítaras, a ouvir lá ao longe o som que vinha das mesquitas....Al'akbar.....via a imagem das nossas noites à sombra da prata dos cachimbos e com a mente a flutuar nas músicas que cruzavam o ar que respirávamos...e senti muitas vezes o êxtase que antes encontrávamos... cheguei à conclusão de que apenas fabricávamos um estado de alma que existe nas noites do deserto e nas ruas das medinas... nos coiotes que deambulam pelo deserto e nos camelos que caminham em círculos...nos olhos negros e nas palavras Insha'Allah....
09 abril 2009
Curiosidades
Sabiam que...
-Havia aquele amigo que quando chegava ao café, em vez de pedir um café como todos, pedia sempre: "Um café e uma Super Bock faxavor!"
-Beber cafés com super bocks pode provocar computodependência...
-Havia um gajo que andava sempre de gabardine (kispo?...é assim que se escreve?) fosse verão fosse inverno e vendia palitos.... madeireiro poupadinho...
-Havia gajos que diziam sempre "Eu faço! eu faço!"...só para acenderem...
-Consumir caldos Knorr não dá ganza mas pode levar à toxicodependência!
-Estremonio não é um detergente nem tem nada a ver com mães estremosas.
-Roubar o carro ao pai para andar com os amigos pode ser uma bronca do carago.
-Havia um gajo que continuava a ver televisão mesmo quando só estava a dar grão?...Que Tola..
-Um conjunto de amigos pode esvaziar a garrafeira de anos de uma vivenda, numa noite ou duas?
-Um gajo pode ser tão speed que bebe cervejas aos pares, faz brindes e ainda fuma um cigarro?
-Uma tosta mista pode ser com manteiga mas também pode não ter manteiga?
-SpeedBall não tem nada a ver com bolas rápidas?
-Fazer uma station é uma expressão manhosa?
Por último...
Sabiam que...
-Caroço pode não ser o da azeitona e um gajo a coçar-se muito é um gajo suspeito?
Extraído de: Curiosidades do Readers Digest 1980 e Revista Maria
-Havia aquele amigo que quando chegava ao café, em vez de pedir um café como todos, pedia sempre: "Um café e uma Super Bock faxavor!"
-Beber cafés com super bocks pode provocar computodependência...
-Havia um gajo que andava sempre de gabardine (kispo?...é assim que se escreve?) fosse verão fosse inverno e vendia palitos.... madeireiro poupadinho...
-Havia gajos que diziam sempre "Eu faço! eu faço!"...só para acenderem...
-Consumir caldos Knorr não dá ganza mas pode levar à toxicodependência!
-Estremonio não é um detergente nem tem nada a ver com mães estremosas.
-Roubar o carro ao pai para andar com os amigos pode ser uma bronca do carago.
-Havia um gajo que continuava a ver televisão mesmo quando só estava a dar grão?...Que Tola..
-Um conjunto de amigos pode esvaziar a garrafeira de anos de uma vivenda, numa noite ou duas?
-Um gajo pode ser tão speed que bebe cervejas aos pares, faz brindes e ainda fuma um cigarro?
-Uma tosta mista pode ser com manteiga mas também pode não ter manteiga?
-SpeedBall não tem nada a ver com bolas rápidas?
-Fazer uma station é uma expressão manhosa?
Por último...
Sabiam que...
-Caroço pode não ser o da azeitona e um gajo a coçar-se muito é um gajo suspeito?
Extraído de: Curiosidades do Readers Digest 1980 e Revista Maria
08 abril 2009
Um dia na Praia
Uma vez fomos para S. Pedro de Moel...uma vez não, fomos lá muitas vezes...mas daquela vez que fomos p'ra lá, p'rós lados do cabolitê, não se sabe porquê, tivemos uma ideia genial...note-se que já não me lembro bem quem eramos, mas que eramos nós eramos...não sei quantos...Bom...fomos para a areia e como gostávamos de 'tar àvontade para podermos arar bem o terreno...com charruas claro...andámos..andámos...andámos...e lá abancámos bem longe do pessoal do garrafão. Assunto puxa assunto, mortalhas a voar e cuspe à mistura (cuspo! cuspo! diz a professora!...), lá iamos fazendo a nossa agricultura. Já erámos ecológicos, sempre fomos, digo, vegetarianos. Mas como erámos m'to à frente para a altura, lembramo-nos duma cenória bem potente! Assim tipo estrangeiros. Ou ingleses vá. E se depressa pensámos, mais rápido o fizemos. "Butes fazer nudismo qé o qe 'tá a dar!" E zás! Tudo nu a sentir a brisa do mar e a areia nas abébias! Eis que vindo da escarpa atrás de nós, ouvimos impropérios e outras obscenidades que tal, que mais não eram que os habitantes locais com vontade de pendurar pelo pescoço os depravados que por ali apareceram. Valentes como erámos e com a escarpa como defesa, rápidamente respondemos de forma alegre e despreocupada, que podiam ir levar na peida com a família toda! E continuámos descansadamente a comungar com a mãe natureza as nossas salsichas frescas....Azar do carulho, os habitantes locais eram hábeis a descer escarpas...E assim acabou a nossa aventura de nudistas, a vestir rápidamente os calçõezitos de bimbos, de sorriso amarelo e com forquilhas apontadas, enquanto os tais locais nos explicavam que quem levava na peida bem rápido erámos nós se não nos puséssemos a deslizar de fininho dali p'ra fora....
Ganda moca!
Ganda moca!
07 abril 2009
A Tabaqueira
Lembro-me de um dia em que estávamos em casa do Z, na parte de baixo (não era na sala do jimi agarrado à árvore...), tudo abancado na sala tipo avontadinha e já com ar de quem tinha estado a soldar a estrogénio a noite toda. Já não me lembro quem estava mas eramos muitos e sempre os mesmos... Estávamos a digerir como os crocodilos... colados nos sofás a olhar para nenhures... Havia naquela altura um indígena qualquer, já não me lembro o nome (fdx tenho o disco cheio pah e não tenho disco externo...), que era tipo cola, daquelas que colam tudo e nunca descolam... Bom, o gajo tinha cola e já tinha GPS na altura, porque descobria sempre onde estávamos... aparecia sempre com aquele ar de escroque e cuspia uma frase do tipo "tão ninguém faz uma?..." Potente aquele gajo, agora deve ser ou político ou chulo, das duas três! Bom continuando... nós não tinhamos a medida toda e às vezes a tampa da moleirinha destapava-se e começávamos a ter um brilhozinho nos olhos... Ok! alguém disse, não sei se foi o gajo do perfume, acho que sim... e começou a surgir "uma" mesmo à maneira com 100% de produto da tabaqueira! Perguntava o gajo: "e é bom? ah? pelo vosso aspecto parece que sim..." e alguém dizia... "Bom? É supremo men..." E pimba! fecha-se a charrua, fogo à peça e começa a rodar... Vai de roda bimbo, chupa aí! E o gajo chupou pa carago... potente... dava gosto ver aquela espécie de madiê pendurado na coisa... E no fim lá dizia o gajo: "Elááá qu'esta merda bate mesmo! Bom produto men...muita bom..." E nós riamo-nos baixinho a coçar-nos p'a dentro....
05 abril 2009
Musica...
O que mais gosto quando o pessoal se encontra, é a naturalidade com que falamos uns com os outros, como se ontem estivéssemos estado juntos. Boa! Ganda frase djô! Quem lê esta cena até parece que nos encontramos todos os meses... mas enfim... As noites que passámos a curtir, as conversas que tivemos, as músicas q ouvimos como diz o M, criaram uma espécie de código de intimidade que faz com que tudo pareça fácil. É verdade que a música era uma grande parte da nossa vida, como se de uma religião se tratasse. Obcecados? Extremistas? Naaaa..... Que ideia... Eramos transportados a locais longínquos e vivíamos grandes concertos, sem sequer sairmos dos covis que habitávamos. Loucura barata... E o que curtíamos era mesmo a música, aquele solo, aquela paragem, o pormenor do que o gajo dizia, a entrada, a batida da bateria, a malha do baixo, .... às vezes repetíamos a mesma parte vezes sem fim, só para percebermos bem aquele pequeno pormenor. Paranoias do caneco... Foi uma cena muito estranha a forma como criámos um grupo com interesses comuns, entre eles a música e a forma como a dissecávamos. Dissecávamos a música, as personalidades, os gostos, falávamos das coisas mais transcendentes...mas sempre com música. Podia-nos ter dado para pior... ser políticos por exemplo... ou bimbos... O importante nas grandes noites era levar aquela cassete, que meticulosamente tínhamos gravado para a devorarmos no carro de alguém, música a música, curtindo o som. A cassete!!! E se íamos fazer uma viagem, óbvio que tinhamos que gravar uma cassete para levar. E havia sempre as situações de "não ponhas ainda essa, pera aí...ouve primeiro esta e curte lá a cena que o gajo faz com a guitarra a meio da música".. A da cassete era demais! Djô! Guardada no bolso, às vezes quase que lutávamos uns com os outros para ver quem punha a cassete! Eu! Eu! Parece incrível hoje em dia, mas naquele tempo também era obra arranjar o último disco de uma banda. "Já saiu o último da Nina Hagen! Não saiu nada meu! Saiu pois, diz que já está na Discal, bora lá ver?... Diz o M que não tínhamos guito... ui ui... não tínhamos mesmo... quando fui a primeira vez a Torremolinos acho que levava o que hoje se diz serem 70 euros... e já era bué... É verdade que sempre gostei de malhas mais pesadas, mas contrariamente ao que me diziam na altura (os cotas claro...) continuo a sentir a adrenalina a percorrer-me o corpo com uma guitarrada! Nada como uma boa malha de guitarra! E como se impôe, ainda hoje as guitarras andam cá por casa...os amplificadores, os fios embrulhados no chão, os pedais... E já passei o vício para o junior...vício da guitarra e vício das malhas... Eu mais hard, ele mais metaleiro... Mas como não me alimento só de martelos e bigornas, curto outras ondas desde o velhinho jazz ao psychadelic trance, a música que os putos dizem que é dos pastilhados (se calhar por isso é que gosto...) e desde que andei pelas arábias (e não só), não dispenso um som árabe partilhado com um shisha bem aromático... Curto tudo o que me acelera a máquina e me faz disparar a adrenalina... The Wall continua o meu albúm de (p)referência... riff's de guitarra são o que me alimenta a alma... E lá estava eu nos Metallica no ano passado e já de bilhetinho no bolso para os ACDC este ano... lol
04 abril 2009
1º Jantar dos Bloggers
Nada melhor do que juntar o ppl a jantar na última mesa, com vista para o rio. Como o rio que é sempre o mesmo mas sempre diferente, lá estávamos nós. A passar no tempo, diferentes, mas sempre iguais. Com manteiga ou sem manteiga. A juntar pedaços de mentes, conjugando o puzzle, qual reunião de um clã que perdura no tempo. Com o cheiro das ruas e as noites nos olhos.
Fixe meu!
Fixe meu!
03 abril 2009
Livro Branco
12 de Dezembro de 1982
Existência sem existir, a respirar como se não houvesse outra maneira, olhos vítreos reflectindo o vento. À minha volta apenas areia, sempre areia, um deserto seco, mentes ausentes, criança a chorar, velho milenar. Olho-me nos olhos e sinto o vazio, o nada, o interior de uma casa queimada, as serpentes rastejando por baixo das escadas... enroladas no passado, impedem-me de o tocar, mas posso ver nos seus movimentos, um movimento em vão, uma ave precipitando-se no espaço... caminhando para a morte, sorvendo o último momento de sofrimento... depois, a calma, o silêncio... vontade de viver.
Julho 1983
N'a pas de babouge!
República II
2º Processo
Alínea Bro
Existência sem existir, a respirar como se não houvesse outra maneira, olhos vítreos reflectindo o vento. À minha volta apenas areia, sempre areia, um deserto seco, mentes ausentes, criança a chorar, velho milenar. Olho-me nos olhos e sinto o vazio, o nada, o interior de uma casa queimada, as serpentes rastejando por baixo das escadas... enroladas no passado, impedem-me de o tocar, mas posso ver nos seus movimentos, um movimento em vão, uma ave precipitando-se no espaço... caminhando para a morte, sorvendo o último momento de sofrimento... depois, a calma, o silêncio... vontade de viver.
Julho 1983
N'a pas de babouge!
República II
2º Processo
Alínea Bro
Setembro 1984
Om! ma.m pad.me Hum!
Salve oh Ser Íntimo e
Superior no Homem!
1980 e tal
Shoot! Hello Suckers! This is the big thing, the dark side of the moon. Slavery!
Pleasure! Who wants to jump the secret vain?
Behind there's nothing to be afraid, nothing to fight with, just warm, madness and lemons, knifes and spoons, flashes!
The last word...
02 abril 2009
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